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Todos os caminhos levam à UFSM: o retorno presencial para alunos e instituição

Após dois anos de atividades em Regime de Exercícios Domiciliares Especiais (Rede), a UFSM retornou com as atividades presenciais nesta segunda-feira (11). Entre aulas, atividades de pesquisa e extensão, o dia foi especial para receber calouros e aqueles que já conheciam a universidade e estavam afastados durante estes dois anos. Também foi especial para quem já estava no trabalho presencial e enxergou o campus cheio de novo. Ao mesmo tempo, aconteceu uma imersão em pinturas e outras obras de arte no Acervo Artístico, localizado na Biblioteca Central, promovida pela Pró-Reitoria de Extensão. E não parou por aí: no centro comercial do Campus de Santa Maria, a recepção na Livraria e Grife UFSM foi com balões – cada um continha um papel representativo de desconto. Quem realizar compras no estabelecimento tem direito a estourar um e receber a surpresa, a qual também poderá ser um brinde. Na programação da Calourada, constam as atividades que ocorrerão durante toda a semana.

A organização – O diretor da Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Rurais (CCR), Fernando Leipnitz, relata a ansiedade para esta volta. “A expectativa para esse retorno após esse período de pandemia é a melhor possível”, acredita. Na opinião dele, é só na interação com os alunos e com toda a comunidade acadêmica que é possível mostrar o seu trabalho, de servir. “Esse é nosso objetivo, estamos ansiosos e seguindo as orientações sanitárias recomendadas”, aponta o diretor.

Tanto para calouros como para veteranos, a recepção desta segunda-feira (11) foi a oportunidade de conhecer os colegas pessoalmente pela primeira vez

O Centro de Tecnologia (CT) organizou a recepção dos calouros no hall do prédio 7. Na ocasião, o diretor do centro, Tiago Bandeira Marchesan, explicou que este dia foi pensado há bastante tempo e que a organização se intensificou ainda mais nos últimos dias. “A programação segue durante a semana. Na quarta e quinta-feira temos a mostra tecnológica, o hall do CT estará cheio de grupos de pesquisa e as pessoas poderão ver um pouquinho do que é a universidade no seu contexto além da sala de aula”, pontua o diretor.

O campus completo de novo – Do Arco ao Planetário, os estudantes se fizeram presentes no dia de hoje. O primeiro dia do primeiro semestre de 2022 foi cheio de atividades. Em conversas no Auditório Flávio Miguel Schneider, os coordenadores dos cursos de ciências rurais receberam seus alunos. A coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Luciana Silveira Flores, relata a honra que é ver todos de volta e de trabalhar na UFSM: “a universidade é uma bandeira que carregamos a vida toda, é motivo de orgulho quando alguém nos pergunta e dizemos que viemos daqui”. Ainda acrescentou a importância de ter uma recepção responsável de veteranos e calouros. “Cuidem-se de si mesmos e uns dos outros”, acrescenta ela.

O professor Alisson Zarnott, coordenador do curso de Agronomia, pontua a importância de defender a universidade e ocupar seus espaços. Ao encontro dessa manifestação, o estudante de Direito e membro do Diretório Central Estudantil (DCE) da UFSM Luiz Bonetti menciona a importância deste retorno para todos. “Precisamos reocupar este campus porque a universidade sempre foi nossa, está sendo novamente e sempre será.” A Semana da Calourada organizada pelo DCE segue com sua programação até quinta-feira (14) e pode ser conferida aqui.

Jovens anseios – Apesar de diferentes pessoas, de diferentes realidades e cursos, frequentarem a universidade novamente, o sentimento predominante é o mesmo: a expectativa por viver tudo aquilo que não foi possível anteriormente. Tanto por parte dos professores e coordenadores de cursos, quanto dos alunos, novatos ou veteranos, há o alívio de estar de volta. Para Helen Maciel dos Santos, acadêmica do 5º semestre de Agronomia, as expectativas estão altas. Ela ingressou na universidade em 2020, justamente no momento de início das medidas de isolamento para conter a pandemia, quando os universitários precisaram utilizar o Rede como substituição às aulas presenciais, o que foi “bem complicado”, como relata Helen. Porém, hoje ela está realizada ao reconhecer o campus e sua beleza. O mesmo diz João Campos, paulistano discente de Geografia. Para ele, no ano passado, seu primeiro na instituição, foi uma “loucura”, com o sistema de aulas à distância, no qual “vemos as pessoas apenas por foto”, reclama. Contribuiu para essa sensação o fato de que nunca havia saído de seu estado. “Você sair de um lugar e vir para outro, poder se formar no que você quer, no curso que você gosta, na sua área. É algo muito legal, é muito difícil de descrever”, detalha.

Para o Planetário, a Calourada é um momento especial, pois marca a volta das sessões presenciais e o contato direto com os curiosos pela astronomia

Com isso, percebe-se que há a necessidade de haver um acolhimento não somente aos que estão chegando agora, mas também aos alunos de semestres mais avançados, os quais igualmente estão recém com seus primeiros passos dados. Segundo o diretor do CT, Tiago Marchesan, há casos em que é necessário acolher cinco turmas pela primeira vez. Para a preparação, o CT contou com grupos de voluntários para mostrar as indicações do centro. Houve também a decoração de uma árvore de Páscoa no hall do prédio principal, com oferecimento de doces aos alunos. “A felicidade é todo mundo aqui de novo”, ressalta o gestor.

Durante o período da manhã, o diretor aproveitou para chamar os coordenadores, secretários e servidores de cursos do CT para prestar saudações e passar orientações gerais para os mais de 4 mil alunos distribuídos em 14 cursos da área tecnológica. Para João Gabriel Villagran, do 5º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, os discursos desta manhã foram inspiradores. “Acredito que esse momento será muito importante para o nosso crescimento, tanto profissional, quanto pessoal”, afirma.

Segunda casa – Para que os estudantes possam ter uma conexão e um bom convívio com o ambiente da UFSM, é necessário o acolhimento. Em sua manifestação na recepção do CCR, Luciana Flores declara que a instituição respeita a diversidade e a diferença, para que assim as pessoas possam sentir-se acolhidas. Não obstante, aconselha a moderação e que não se abuse de bebidas alcoólicas: “vocês devem comemorar o ingresso, mas com responsabilidades”, salienta.

No caso dos cursos de Comunicação Social, ocorreu uma recepção no prédio 74C, da qual participou Caroline Silva, caloura de Publicidade e Propaganda, vinda de Miraguaí. De acordo com ela, esse momento de ingresso é para ganhar mais experiência de vida e para aprender, pois os estudantes estão na vivência de um novo ciclo.

Pedro Henrique Granadeiro, carioca calouro do curso de Geografia, compartilha desse pensamento e conta que já está aproveitando a universidade. Sua escolha pela instituição veio do fato de que, além de ser no município onde seu melhor amigo mora, é localizada no sul do Brasil, região da qual gosta muito e onde tinha vontade de morar. Para 2022, ele espera “um ano bem tranquilo, de estudos e amizades legais com a galera”. Já para seu veterano João Campos, esse retorno presencial significa independência. Com esse propósito, ele buscou formas de se manter financeiramente e criar suas estruturas longe de sua família, porque “é a minha vida mesmo, sou responsável por mim mesmo, pelas minhas atitudes, pelas minhas contas”, afirma.

Por que ser UFSM? – Referência em estudos durante a pandemia, em assistência estudantil e em cultura empreendedora, a universidade é também casa de aproximadamente 30 mil alunos. O ingresso de muitos estudantes é marcado também pela vinda de alunos de outros estados. É o caso de João Campos. Com o desejo de estudar em outro estado, escolheu a UFSM para fazer sua graduação pela excelência do curso que desejava: “Vi uma notícia de que o curso de Geografia Bacharelado era muito bom aqui, e pensei ‘por quê não?’”. Ao chegar, já se sentiu em casa: “senti-me bem confortável, é um lugar bem acolhedor, está sendo uma ótima experiência no momento”, justificou.

Já Caroline Silva decidiu ser UFSM tendo em vista a qualidade da instituição e a proximidade com a cidade em que mora a sua família. Milene Follmann, caloura de Engenharia Aeroespacial, também diz escolher a universidade pela proximidade, além da ótima estrutura do curso.

Dessa forma, o ano de 2022 exprime na universidade a metáfora de uma família e seus membros, os quais podem passar um tempo afastados, mas sem esquecerem-se jamais. Não menos importante, notam-se aqueles que vêm à instituição por dois motivos extremos e contrastantes: proximidade e distância de suas primeiras casas, como no caso de Milene e João, respectivamente. Isto é, todos os caminhos levam à UFSM.

Texto e fotos: Gabrielle Pillon de Carvalho, Karla Giovana Essy e Letícia Almansa Klusener

Edição: Lucas Casali

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