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UFSM recebe minicurso sobre preservação de répteis e anfíbios

O Brasil tem uma das maiores diversidades de anuros (sapos, rãs e pererecas) do mundo, alguns dos quais foram estudados no minicurso

No último sábado (21), Santa Maria recebeu o minicurso “Anfíbios e répteis: conhecer para preservar”, idealizado pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH). A aula ocorreu de modo presencial, durante o dia todo, em um laboratório do prédio 17 da UFSM. Além de Santa Maria, outras 42 cidades de diferentes regiões do país sediaram o minicurso. Participaram da atividade nove alunos da Licenciatura em Ciências Biológicas da UFSM e dois professores da rede pública de ensino básico.

O curso ofertou uma aula teórico-prática em que os participantes puderam conhecer e aprender mais sobre a herpetofauna do bioma pampa. Na parte teórica, foram discutidas as principais características desse bioma, além de serem apresentadas as espécies de anfíbios e répteis que se encontram em Santa Maria. Na prática, os participantes puderam compreender a diferença de alguns grupos de animais muito parecidos na sua estrutura.

O minicurso surgiu de uma parceria da SBH com o Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Em Santa Maria, o minicurso foi organizado pelo Laboratório de Herpetologia da UFSM, coordenado pela professora Sonia Zanini Cechin. A organização foi de Amanda Brum (doutora em Biodiversidade Animal e integrante do Laboratório de Herpetologia há 10 anos), que também ministrou a aula, junto com dois alunos de pós-graduação do laboratório. Outros cinco acadêmicos em Ciências Biológicas também ministraram atividades.

O minicurso serviu de oportunidade de estudo dos répteis para professores da rede básica e inclusive para os próprios alunos de Ciências Biológicas da UFSM

Parceria com a UFSM

De acordo com Amanda, a parceria com a universidade veio através de um e-mail encaminhado pela SBH, que contatou diversos herpetólogos do país, comunicando a ideia de um evento nacional sobre anfíbios e répteis, voltado para professores da rede pública. Amanda foi uma dessas pessoas e, junto com o laboratório, se colocou à disposição para fazer parte da iniciativa.

“Entendemos que atividades como essa são importantes para atualizar os professores sobre a herpetofauna, além de dar mais visibilidade para estes grupos de animais tão pouco estudados nas escolas”, relata.

Por que estudar o tema?

Amanda, assim como o público presente, entende a importância de que esse tema seja mais discutido e estudado. “Talvez poucas pessoas saibam, mas o Brasil é o detentor da maior diversidade de anuros (sapos, rãs, pererecas) do mundo, e um dos maiores detentores da biodiversidade de répteis. Nossa herpetofauna é muito rica e diversa, contudo pouco se fala sobre ela nas escolas, sendo um tema pouquíssimo abordado nos livros base da escola pública. Quando olhamos para o RS, também temos uma herpetofauna interessante e diversa, e que muitos têm medo, nojo ou asco. Estudar os anfíbios e répteis, e trabalhar eles em cursos de formação de professores, é importante para mostrarmos que, apesar de o bioma pampa ser, aparentemente, ‘só campo’, ele é muito diverso, abrigando diversas espécies importantes para o ecossistema, bem como espécies de interesse médico (como serpentes peçonhentas)”, destaca Amanda.

Texto e fotos: Gabriel Escobar, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Edição: Lucas Casali

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