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Egressa da UFSM lança livro sobre o combate à violência de gênero em Guiné-Bissau

A egressa do curso de Relações Internacionais da UFSM Felismina Tchongo da Silva está lançando o livro “O papel das Organizações Internacionais no combate à violência de gênero em Guiné-Bissau: MGF – Afronta aos direitos humanos”. Os estudos que resultaram na obra tiveram início logo que Felismina, que é natural de Guiné-Bissau, ingressou na graduação na UFSM. 

A obra aborda a promoção de políticas públicas para a defesa dos direitos humanos naquele país, com foco no papel das organizações internacionais no combate à mutilação genital feminina (MGF). O estudo analisa a atuação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Guiné-Bissau e sua capacidade de difusão de políticas para combater a MGF. Segundo Felismina, a MGF abrange intervenções que envolvem a remoção total ou parcial do clitóris, produzindo lesões nas genitálias femininas por razões não-médicas, configurando uma violação dos direitos humanos que implica em graves consequências para a saúde física e mental das mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 130 milhões de crianças do sexo feminino ou mulheres sofreram algum tipo de mutilação genital e que 3 milhões estão expostas a essa prática brutal.

Do ponto de vista da cultura, a MGF é considerada um ritual de passagem para a fase adulta das meninas guineenses. Tal ritual é praticado por certos grupos étnicos, sendo mais recorrente nas etnias fula e mandiga. Conforme a autora, o governo do país tem empreendido esforços para implementar estratégias visando à eliminação da MGF, com a participação de diversos segmentos sociais. Uma lei de 2011 representa um marco importante, proibindo e criminalizando essa prática. Contudo, segundo ela, ainda é preciso avançar com vistas à erradicação dessa prática nefasta, não só em Guiné-Bissau, mas também em outros países do continente africano e do mundo.

Felismina é mestra em Ciência Políticas pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e foi pesquisadora visitante junto ao Unicef Guiné-Bissau, além de atuar como palestrante, escritora e ativista de causas sociais.
 
 

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