No domingo (7), foi realizado o Viva o Campus do Orgulho, edição especial do tradicional evento da Universidade em alusão ao Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ – celebrado em junho. Antes previsto para ocorrer no dia 29 do último mês, as condições climáticas obrigaram o evento a ser remarcado. Na nova data, mais de 14 mil pessoas circularam pelo Campus Sede.
O Viva o Campus do fim de semana passado foi organizado pela Pró-Reitoria de Extensão por meio da Coordenadoria de Cultura e Arte e em parceria com a Casa Verônica. Esta última, inclusive, promoveu um dos destaques da programação, que foi a Feira LGBTQIAPN+, que foi composta por 19 expositores e serviu como um espaço para empreendedores da instituição mostrarem sua arte e, ao mesmo tempo, gerarem renda.
Entre as mais de 14 mil pessoas presentes na UFSM, estava o casal formado pelo assistente comercial Elton Lopes e pelo professor de Artes Emerson Massoli. Eles frequentam o Viva o Campus desde o início, há pelo menos sete anos, e garantem que o fato de ser um evento ao ar livre é um dos pontos que os fazem ir ao campus.
“Eu gosto de ver o pessoal, todo mundo rindo e conversando. Essa questão de sentar na grama, dar uma relaxada, conversar, jogar conversa fora… Eu gosto de vir pra cá por causa dessa vibe que o ambiente passa”, destacou Elton. Porém, a edição do último domingo teve um toque especial, como avalia Emerson: “é importante em um evento assim, que celebra o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, com atrações que são da comunidade”.
“Todos os domingos sempre vem bastante gente para cá, mas é bom ter esse momento especial de acolhimento. Quando você chega aqui, qualquer lugar que você olhar vai ter alguém com uma bandeira. Isso é uma das coisas que mostram que a gente realmente existe e está aqui. Nos dias atuais, isso passa muito batido”, reforçou o assistente comercial.
Junto das questões envolvendo ser um evento ao ar livre e a celebração da comunidade LGBTQIAPN+, Emerson conta que outra razão que o faz participar do Viva o Campus é a Polifeira. “Como eu não consigo vir durante a semana, no fim de semana é mais tranquilo”, contou.
A feirante Miraci Sippert corrobora com o professor, que dá mais detalhes sobre parte do público que visita a tradicional exibição de agricultura familiar da UFSM. “Às quintas-feiras, nosso público é mais formado por alunos. Nesses eventos, a família de Santa Maria e da Região, que vem visitar os filhos na Universidade, aproveita para passar um domingo diferente e fazer suas comprinhas na Polifeira. Nossos domingos têm sido maravilhosos”, destacou.
A celebração ainda contou com apresentações musicais no Largo do Planetário, uma ação do Laboratório de Cunicultura, que oferece uma experiência única realizando um piquenique com coelhos, e outras atividades artísticas. Na visão do pró-reitor de Extensão, Flavi Lisboa, a Universidade tem o dever de estreitar os laços com os grupos minoritários.
“Nós partimos do princípio que a universidade é plural, é de todos, de todas, e tem que ser representativa de todos os grupos sociais. Claro, aqueles que sofrem preconceitos e opressões de diversas formas da nossa sociedade, requerem uma atenção especial. A comunidade LGBTQIAPN+ se inclui nisso”, afirmou.
O pró-reitor enfatiza avanços na UFSM que foram fundamentais para o desenvolvimento dessa relação com os grupos sociais. Entre eles, a instituição da Casa Verônica, órgão que acolhe diversas demandas que perpassam questões de gênero. ”Quando a gente faz um evento como o Viva o Campus para celebrar o Mês do Orgulho, queremos trazer sentidos positivos valorizando a identidade das pessoas que integram essa comunidade”, garantiu o pró-reitor de Extensão.
Texto: Pedro Pereira, jornalista
Fotos: Jessica Mocellin, estudante de Jornalismo e bolsista da Agências de Notícias
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