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UFSM conquista 7° lugar no Ranking de Universidades Empreendedoras e recebe reconhecimento pelo Programa Sinergia

Representantes da UFSM estiveram em Brasília para premiação

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) alcançou a 7ª colocação nacional e o 2º lugar na região Sul no Índice de Instituições de Ensino Superior Empreendedoras (IESE) 2025, que reúne instituições públicas e privadas de todo o país. A divulgação oficial ocorreu nesta sexta-feira (12), às 16h, no Senado Federal, em Brasília. No mesmo evento, a universidade também recebeu o reconhecimento de boas práticas pelo Programa Sinergia, desenvolvido no âmbito da Pró-Reitoria de Inovação e Empreendedorismo (Proinova).

O reitor, Luciano Schuch, participou da cerimônia e destaca o significado da posição alcançada. “É bastante significativo, de extrema importância, porque reflete a maturidade com que viemos trabalhando no nosso ecossistema. Ficarmos em sétimo no país e segundo na região Sul, entre mais de 100 instituições, mostra o quanto estamos maduros e evoluídos na temática de inovação e empreendedorismo”, salienta.

Para Schuch, o resultado representa a atuação integrada do parque tecnológico InovaTec, da Incubadora Pulsar, da Proinova, da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) e das empresas juniores, que tem fortalecido o ecossistema de inovação, resultando em impactos diretos para a comunidade acadêmica e para o setor produtivo. “Através da inovação e da extensão, a gente consegue tocar muito rápido as pessoas, consegue tocar muito rápido o setor produtivo e, com isso, gerar qualidade de vida e gerar riqueza para o nosso país”, observa.

O reitor também ressalta que o engajamento da comunidade acadêmica tem sido decisivo: “Esses resultados refletem no dia a dia da nossa universidade: alunos mais engajados, alunos com propósitos. Só tenho a agradecer a toda a nossa comunidade, que tem trabalhado para chegarmos cada vez mais em destaque em rankings nacionais e internacionais”.

Crescimento contínuo no Ranking de Universidades Empreendedoras 

O pró-reitor de Inovação e Empreendedorismo, Daniel Bernardon, explica que a UFSM apresentou crescimento constante nas últimas edições do IESE. Após atingir posições mais baixas em edições anteriores, a instituição chegou ao 11º lugar em 2023 e, em 2025, avançou quatro posições, alcançando o 7º lugar – mesmo com o aumento significativo de instituições participantes.

O pró-reitor destaca que o ranking avalia dimensões diversas, como incubadoras, parque tecnológico, transferência de tecnologia, propriedade intelectual, licenciamentos, projetos com empresas e educação empreendedora. “Ele mostra, reflete essa maturidade do nosso sistema e a abrangência da nossa atuação. Na maioria dos rankings, hoje nós já nos enquadramos numa categoria de ecossistema consolidado em inovação e empreendedorismo”, afirma.

Segundo ele, o reconhecimento está diretamente ligado ao planejamento estratégico da universidade e ao fortalecimento da Proinova, criada para coordenar ações de inovação e empreendedorismo em quatro vertentes: tecnológica, social, empreendedora e de gestão pública. “A inovação não está aqui simplesmente sintetizada em grandes projetos ou grandes monetizações. A gente fala de uma inovação de propósito, com transformações de territórios e que chegue à sociedade”, explica.

Para os próximos anos, uma das prioridades é democratizar a inovação, alcançando grupos que ainda não se veem como parte desse movimento. “A gente vai atuar muito forte, principalmente em nichos que hoje não se enxergam tanto na inovação, para mostrar que esses nichos também têm espaço nas diversas formas de se manifestar a inovação”, afirma o pró-reitor de Inovação e Empreendedorismo.

A UFSM enviou uma delegação ao evento do IESE, composta pelo reitor, por integrantes da Proinova – entre eles a professora Carmen Brum e o professor Maurício Medina – e pela professora Marta Rovedder, uma das pioneiras do Sinergia.

Programa Sinergia recebe reconhecimento nacional de boas práticas

Criado na UFSM e atualmente coordenado pela Proinova, o Programa Sinergia será reconhecido no evento como exemplo de boa prática em inovação e empreendedorismo. A iniciativa atua conectando empresas residentes na incubadora Pulsar e no parque InovaTec com alunos de graduação e pós-graduação, que trabalham em desafios reais apresentados pelo setor produtivo.

A coordenadora de educação empreendedora da Proinova, Carmen Brum, explica que o Sinergia opera como uma ponte entre universidade e sociedade. “O Sinergia permite que empresas vinculadas ao ecossistema de inovação da UFSM apresentem demandas reais e que alunos – sob orientação docente – trabalhem nelas dentro de disciplinas. Isso faz com que o conhecimento acadêmico não fique restrito ao ambiente teórico”, conta.

Entre os resultados concretos, Carmen destaca:

  • registros no INPI, sendo uma proposta já depositada e outra em processo, oriundas de projetos com a empresa incubada Spray Solutions;
  • protótipo funcional impresso em 3D, desenvolvido em 2023 por alunas de Desenho Industrial e testado por usuários reais;
  • desenvolvimento de uma API por estudantes de Projeto de Software 1 para a startup Qiron Robotics, com contratação de uma aluna após participação;
  • avaliações positivas das empresas, que consideram as soluções equivalentes a consultorias especializadas e planejam implementar melhorias indicadas pelos estudantes.

Além de fortalecer a formação prática dos alunos, o programa contribui para a competitividade das empresas e para o fortalecimento do ecossistema regional. “O Sinergia consolida a reputação da UFSM como instituição comprometida com inovação, empreendedorismo e impacto real”, salienta a coordenadora de educação empreendedora da Proinova.

Próximos passos

Com o reconhecimento nacional, o Programa Sinergia planeja expandir-se para mais cursos e disciplinas, ampliar o número de empresas parceiras e consolidar resultados já alcançados, transformando protótipos e soluções em produtos licenciados ou com proteção de propriedade intelectual.

Para Carmen, crescer significa também reforçar o papel do programa no desenvolvimento do ecossistema regional. “Ao gerar soluções e apoiar startups, o Sinergia ajuda a fomentar o empreendedorismo regional e contribui para o desenvolvimento econômico e tecnológico da região”, conclui.

Texto: Marina Brignol, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Arquivo pessoal
Edição: Ricardo Bonfanti

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