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UFSM renova e amplia parcerias com universidades chinesas

foto colorida horizontal com 3 homens, de terno e gravata, sentados à mesa, de frente, ao fundo uma parede azul celeste e uma estante de madeira envidraçada
Paulo Bayard, Luciano Schuch e Júlio César Cossio Rodriguez durante reunião na China

Durante os dias 26 de junho a 7 de julho, uma comitiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) esteve em viagem à China. Além do reitor, Luciano Schuch, acompanharam Paulo Bayard Dias Gonçalves e Júlio César Cossio Rodriguez, respectivamente diretor e diretor-adjunto da Secretaria de Apoio Internacional (SAI). Além dos professores da UFSM, uma delegação de 18 universidades brasileiras associadas ao Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) participou dos eventos propostos pelos chineses.

A viagem intitulada “Missão à China” teve como foco principal visitas em diversas universidades, assim como reuniões com seus representantes para negociações de novas parcerias na área educacional envolvendo os dois países. 

O convite foi feito pelo governo chinês, pela Província de Hebei e pela Universidade Normal de Hebei. Na organização, houve apoio do GCUB e o patrocínio foi do próprio governo, Centro de Educação e Cooperação em Línguas (CLEC, do inglês Center for Language Education and Cooperation) e Instituto Chinês, afiliado ao Ministério da Educação. Foram disponibilizados desde acomodação até equipe de intérpretes em mandarim-português para os representantes da UFSM. No Brasil, a organização teve a participação ativa da SAI/UFSM. 

Desde o início da missão, a UFSM foi protagonista em função da qualidade e estabilidade das relações da Universidade com as instituições chinesas. “Tem mais de 10 anos nossa colaboração, por isso, o vice-ministro da Educação chinês solicitou que a UFSM falasse na reunião ministerial sobre como as outras poderiam seguir os nossos passos. Além disso, em todas as reuniões formais feitas lá, a UFSM era, junto com a presidente do GCUB, a universidade brasileira destaque e que tinha fala nas reuniões. A UFSM ainda foi a única instituição que pôde levar equipe, que atuou não apenas pela UFSM, mas por toda a delegação para melhor relacionamento com as instituições chinesas em função da experiência dos gestores e equipe da SAI no relacionamento com a China”, relata Júlio César Cossio Rodriguez, diretor-adjunto da SAI.

Ainda de acordo com Júlio, a Missão de Reitores e Gestores do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) à China, com apoio da Confúcio’s Classroom da UFF, organizada pelo Governo da China, em especial o Center for Language Education and Cooperation (CLEC) do Ministério da
Educação Chinês, teve por objetivos os seguintes pontos: a promoção do entendimento educacional entre as Universidades Brasileiras e Universidades Chinesas; a criação de um Fórum dos Reitores das Universidades Brasileiras e das da Província de Hebei na China e a criação da Aliança Universitária Hebei-Brasileira; o estabelecimento de novos convênios entre universidades chinesas e brasileiras; o estabelecimento de parceria entre as universidades e o CLEC; a consolidação das relações entre a UFSM e as instituições chinesas.

Entre os acordos assinados estão nove memorandos de entendimento (MOU, em inglês Memorandum of understanding) entre a UFSM e as seguintes universidades chinesas: Hebei University of Economics and Business; Hebei Oriental University; HengShui University; North China University of Science and Technology; Hebei Vocational University of Industry and Technology; Yanshan University; Hebei Agricultural University; Hebei Medical University e Zhejiang Chinese Medical University. Também foi assinado presencialmente um acordo entre a Zhejiang Agriculture & Forrest University de Xangai.

Perspectiva de parcerias

Em entrevista à rádio UniFM 107.9 na manhã de segunda-feira (11), o reitor Luciano Schuch relatou ao jornalista Gilson Piber um panorama geral da viagem e falou sobre a experiência de negociar com os chineses. O objetivo de integrar alunos entre os dois países, bem como promover o intercâmbio entre ambos, permeou as conversas realizadas com os representantes das universidades orientais. “As universidades que a gente visitou estão querendo parcerias, querendo mandar pesquisadores, estudantes pro Brasil, e ao mesmo tempo eles querem que a gente mande nossos estudantes, pesquisadores, para fazer, compartilhar conhecimento”, relata o reitor.

Ainda durante a entrevista, ele mencionou a importância deste estreitamento entre os dois países, considerando o avanço tecnológico chinês, os benefícios que podem resultar deste relacionamento tanto para a Universidade como para Santa Maria, e o investimento que o governo chinês oferece tendo em vista o interesse no Brasil. Um fator incentivador é a oferta de cursos de cultura e língua chinesa (mandarim) que está em andamento na UFSM, sob a organização da SAI, e já formou mais de 400 alunos. 

O reitor destaca também o fato de o Brasil ser relevante na área de preservação ambiental, e neste sentido foi firmado um acordo presencial com a Universidade Zheiang de Agricultura e Florestas, que tem um trabalho voltado para a preservação ambiental. “Eles sabem que o Brasil é muito forte nisso. Assinamos um protocolo de intenção, um memorando para trabalhar exatamente isso: como produzir mais e nas mesmas áreas sem degradar?”, afirmou.

O vice-ministro de Educação da China, SUN Yao, em reunião com a delegação da UFSM, citou uma meta para os próximos anos: maior mobilidade de pesquisadores e criação de cursos de mestrado e doutorado a serem realizados em ambos países, meio a meio, com possibilidade de dupla diplomação, brasileira e chinesa.

A pesquisa conjunta entre as universidades da China e as brasileiras será incentivada porque abrange todas as áreas do conhecimento e o Brasil é estratégico para o governo chinês. Sendo assim, há destaque para a UFSM tendo em vista tempo de cooperação e os projetos já existentes, como o radar tecnológico, radar para alta altitude e parceria com a Huaweii.

Vinda de professores chineses

Durante esta missão, ficou acordado que para o próximo semestre a UFSM receberá professores chineses para ministrar aulas. No ano de 2024 há previsão de uma delegação com no mínimo 30 universidades chinesas vir ao Brasil discutir parcerias e conhecer a realidade local, com o intuito de, juntos, efetivar ações na área da educação universitária, o que é importante para o processo de internacionalização da UFSM. 

“Manter relações com a China é estratégico para a UFSM, para o Brasil e para os chineses, pois o futuro de várias tecnologias, do desenvolvimento científico está na China. Quanto melhores e mais estáveis forem nossas relações, mais cooperação científica, mobilidade discente e docente serão realizadas para crescimento mútuo”, salienta o professor Júlio César.

Com relação à Smart Classroom do CLEC, a vinda dos equipamentos e professores no próximo semestre foi confirmada. Em reunião privada entre o reitor da UFSM e a diretora do CLEC, ficou acertada a vinda de dois professores para ensino de língua e cultura chinesa no segundo semestre de 2023. Inicialmente serão turmas pequenas, que já possuem entendimento básico de chinês, e depois serão abertos para a comunidade que pretende conhecer mais da cultura e língua chinesas.

Texto: Graziela Machado Rocha, acadêmica de Jornalismo, bolsista
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

Ouça a entrevista do reitor à UniFM:

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